Menu Fechar

Ordem dos Médicos exige mais dinheiro para a saúde

A Ordem dos Médicos quer mais dois mil milhões de euros para a saúde no Orçamento do Estado para 2017. No Jornal 2, o bastonário afirmou que “quem não aceitar assume estar contra o SNS (Serviço Nacional de Saúde)”. José Manuel Silva diz que nesta área “o garrote ainda não foi aliviado” e que a situação é “insustentável”.

O desafio foi lançado pela Ordem dos Médicos a todos os partidos políticos. A ideia é ter uma verba 6,5 por cento do Produto Interno Bruto alocada à saúde. Os médicos afirmam que os atuais 5,8 por cento são insuficientes.

O bastonário é claro: “Com o atual nível de financiamento, abaixo da média da OCDE, não é possível cumprir a Constituição”. José Manuel Silva lembra que os portugueses pagam mais em despesas privadas de saúde do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento na Europa “exatamente porque o financiamento público é inferior e insuficiente”.

A Ordem sublinha a contínua redução de financiamento do Serviço Nacional de Saúde, que está a defraudar os portugueses que “pagam para o garantir através dos impostos e que depois são obrigados pagar uma segunda vez quando têm que recorrer (os que podem) aos hospitais privados para serem tratados”.

No Jornal 2 o bastonário recordou que não é feita a contratação de pessoal – “não apenas médicos, mas enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, etc. – necessária para garantir o atendimento de qualidade.
“Contradições insanáveis”

José Manuel Silva defende que não é apenas na saúde que se deve gerir melhor: “Temos que gerir melhor o país para não desbaratar o dinheiro que faz falta depois nesta área”.

A Ordem dos Médicos quer que o Orçamento do Estado reserve para a Saúde 11 mil milhões de euros. Mais dois do que atualmente. Objetivo: colocar o país na média da OCDE nesta matéria.

“Os partidos que não o aceitarem devem desde já assumir que não defendem o Serviço Nacional de Saúde”, afirma o bastonário, que acrescenta que neste domínio não pode haver “hipocrisia” ou “contradições insanáveis”.

Fonte: RTP Notícias, 16 de agosto de 2016

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *