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Mensagem de Miguel Sousa Neves nesta última edição da revista

“Com os tempos difíceis que correm, é inevitável que a SAÚDE seja também afectada pelos cortes sucessivos numa tentativa do Governo de poupar e cortar despesa onde puder.

Felizmente que temos um Ministro, em minha opinião, num patamar muito acima de vários colegas do elenco governativo no que respeita a competências para o cargo, que se tem preocupado em exercer o seu poder com contenção e sentido de dever. Aos poucos vai acumulando maiores conhecimentos na área de gestão de saúde e percebendo que o “negócio” é muito diferente de outras áreas governativas.

Aqui temos que gerir o nosso bem mais precioso: a nossa saúde, sem a qual tudo à nossa volta pode ruir até ao destino final. Tendo em devida conta o modelo adotado pelos portugueses no que respeita a uma saúde tendencialmente gratuita e de protecção aos mais desfavorecidos mas garantindo também um acesso a todos, é essencial que o Ministro da Saúde e a sua equipa possam continuar a “olhar” com bom senso e muita preocupação para os problemas sucessivos que vão fazendo face a todo o momento. E é nessa gestão de equilíbrio que poderemos ir garantindo uma acessibilidade e qualidade na saúde relativamente boa a todos os portugueses.

Os operacionais – profissionais de saúde – com destaque para os médicos que têm o poder e a responsabilidade de tratar da melhor forma os seus pacientes, são necessariamente o motor da SAÚDE EM PORTUGAL. Por isso o Ministro deverá continuar a chamá-los a comparticipar na gestão do nosso BEM ESSENCIAL criando-lhes condições e mecanismos que permitam que a sua acção se situe, não só no tratamento directo dos doentes, como também na definição das políticas e das decisões que se vão tomando nesta área.

A Direção da Competência em Gestão da Ordem dos Médicos esteve praticamente parada no tempo assim como, por exemplo, a nossa sociedade (Sociedade Portuguesa de Gestão de Saúde) porque houve um momento em que os médicos se aperceberam que quem “mandava” na saúde não estava nada interessado na sua colaboração. Talvez o desejo fosse mesmo arrumar os médicos para um canto apesar destes profissionais – para azar do Ministro da altura – serem de facto essenciais na gestão da saúde, da nossa saúde.

Agora que sentimos uma abertura por parte de quem nos governa para uma participação mais ativa, aqui estamos, revitalizados e com uma vontade enorme de colaborar e ajudar a manter níveis de eficácia e eficiência aceitáveis apesar da crise que nos rodeia.”

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