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ARS considera “boa prática” consultas não presenciais

A Administração de Saúde de Lisboa considera uma “boa prática” as consultas, sem presença do paciente, realizadas em centros de saúde por médicos hospitalares e remete para mais tarde uma informação sobre a cobrança de taxas moderadoras nestes procedimentos.

Em causa está uma notícia avançada pela Antena 1, segundo a qual alguns doentes estariam a receber em casa cartas do Hospital Garcia de Orta para pagar taxas moderadoras por consultas onde nunca estiveram.

O hospital afirmou tratar-se do pagamento de reuniões entre médicos de família dos centros de saúde e médicos especialistas do hospital para esclarecer dúvidas e avaliar doentes e que são consideradas consultas não presenciais, previstas na lei.

Em comunicado, o presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) explica o procedimento em causa para a cobrança de taxas moderadoras pelo Hospital Garcia de Orta em relação a “consultas indirectas” realizadas nos centros de saúde do ACES Seixal /Sesimbra.

“As consultas são realizadas por médicos do hospital das valências de Cardiologia e de Endocrinologia, permitindo haver uma consultoria entre os Cuidados de Saúde Primários e os Cuidados Hospitalares e traduz-se numa boa prática, pois permite um melhor e mais eficiente acompanhamento dos doentes dos centros de saúde”, refere.

O presidente da ARSLVT, Rui Portugal, adianta ainda que está em estudo expandir esta prática a outras especialidades.

Na opinião do responsável, este tipo de consultas contribuem para eliminar as listas de espera e têm “efeito moderador, evitando consultas hospitalares com tudo o que elas envolvem”.

Actualmente são feitas anualmente entre 500 e 600 consultas deste tipo, afirmou, acrescentando que a “ARSLVT está em conjunto com o Hospital de Garcia de Orta a analisar estes procedimentos e emitirá muito em breve uma informação sobre o assunto com vista a clarificar a situação e garantir os direitos dos utentes do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

Fonte: Público, 15 de Setembro de 2011

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