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A propósito do relatório sobre a ADSE

Miguel Sousa Neves, Presidente da Direção da Sociedade Portuguesa de Gestão de Saúde, refere que:

  1. Num país diferente as dívidas acumuladas por várias entidades das ilhas aos privados nos últimos anos já teriam sido saldadas permitindo que o Conselho Diretivo da ADSE soubesse exatamente com o que conta no presente e com o que poderá contar numa perspetiva de cobranças futuras;
  • Que a entrada de novos beneficiários, mediante vários estudos já efetuados, deverá iniciar-se logo que possível e alargado a todos os funcionários que tenham entrado para instituições públicas nos últimos 5 a 10 anos, permitindo assim a entrada de jovens que poderão apoiar a sustentabilidade da ADSE e equilibrar a pirâmide etária dos beneficiários/contribuintes;
  • Que o controlo sobre a faturação deve ser extremamente rigoroso eliminando possibilidades de sobrefaturações difíceis de controlar e que o mesmo terá que passar forçosamente pela aplicação de “preços fechados” a quase todos os procedimentos cirúrgicos, à semelhança da maioria das seguradoras do mercado;
  • Que todos os pedidos de comparticipação acima de um determinado valor deverão vir acompanhados de declaração médica apontando clara e inequivocamente o custo – efetividade e custo – qualidade dos mesmos sendo que esta medida deverá ser ainda mais rigorosa no regime livre da ADSE onde os pedidos de reembolso são à posterior;
  • E por fim lembrar que este seguro de saúde deverá ser mantido no âmbito dos funcionários públicos a médio prazo e com as medidas necessárias de auto-sustentação pois ainda é o melhor seguro de saúde existente em Portugal e um dos melhores a nível mundial pois trata toda a patologia relevante sem plafond e sem condicionamentos com exceção daqueles que deverão existir na restrição ao tratamento apenas da doença e na forma que a medicina baseada na evidência mais recente assim o indicar apoiando-se sempre que possível nos estudos e recomendações de tratamento de organizações reconhecidas e imparciais como a NICE: National Institute of Health and Care Excellence.

7 Comments

  1. Graça Oliveira

    Estou de acordo com o Doutor. Mas infelizmente o que eu acho é que com o desmantelamento da adse e do SNS se pretende acabar com estes regimes e instalar as Seguradoras

  2. Pedro

    E que o estado não faça ação social com os descontos dos outros

    Os isentos só poderiam ser financiados por quem decide atribuir isenção e não por quem contribui

  3. Elvira Carvalho

    Totalmente de acordo…abertura aos funcionários públicos q entraram nos ultimos anos, mais rigor na faturação (sem duplicação e exageros) maior control na gestão dos DINHEIROS dos beneficiários (segurados)…sem q sejam desviadas verbas para outros fins.

  4. Anabela Oliveira

    Análise correcta .
    A continuidade da ADSE já deveria ter tido início,na geração anterior,ao contrário do que foi feito ,encaminhando os jovens trabalhadores da função pública para a Segurança Social,sem hipótese de escolha.

  5. Fernanda Melo Fernandes

    Concordo com a opinião e como beneficiária há mais de 50 anos, a pagar para a ADSE e não só, acho que o assunto não deve continuar na gaveta. Eu sei que as Seguradoras teriam todo o interesse na queda da ADSE e pelos vistos o governo tem alimentado a ideia. Recuso a ideia da inviabilização, por escandalosa! Readmitam os dependentes que deixaram de o ser para o sistema, pela idade ou por não estudarem mas que continuam a ser sustentados pelos pais.Pagando a respectiva percentagem, representariam um considerável reforço para a sustentabilidade da ADSE.

  6. .António Morais Vieira.

    No hospital da Luz, ex-Clipóvoa, para ser intervencionado em ambulatório a uma catarata, obrigaram-me a pagar antecipadamente trezentos e3 doze Euros, no fim quando me dirigi ao Balcão para acerto de contas, disseram-me que podia ir embora que estava tudo pago. A caução transformou-se numa taxa moderadora. Já precisei do recibo descriminado mas até hoje ainda não mo mandaram. Mas disseram que nada tinha a receber de retorno nem a pagar. Para quem paga 3,5% da sua reforma mensalmente, creio ser muito dinheiro tratando-se duma cirurgia com anestesia local. e de muito curta duração, apenas estive cerca de duas horas no Hospital.

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