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Angola vai formar médicos em Portugal

Os ministros da Saúde de Portugal e Angola assinaram ontem o memorando de entendimentoAté ao final do ano Angola deverá enviar médicos para fazerem formação graduada e pós-gradua, sobretudo nas áreas de ginecologia, obstetrícia e pediatria. Três das principais áreas para alcançarem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil. O memorando de entendimento entre os ministros da Saúde de Portugal, PauloMacedo, e Angola, José Van-Dúnem, foi assinado ontem.

“O número de médicos ainda não está definido. Temos apostado na formação, com a criação de mais faculdades de medicina, e queremos trabalhar a formação graduada e pós-graduada para chegarmos às metas de redução da mortalidade materna e infantil, redução doenças transmissíveis, malária, VIH. Queremos formação cá e lá, de forma a criar condições para que se possam melhorar as condições técnicas”, disse José Van-Dúnem.

O primeiro a ter a palavra, na conferência de imprensa que se realizou no Infarmed e assinou o fim da visita de três dias da comitiva angola, foi Paulo Macedo. O ministro da Saúde destacou a capacidade de Portugal cooperar em várias. “Foi o primeiro ministro da saúde que quisemos convidar para conhecer Portugal. Ver os aspetos mais interessantes que pudéssemos protocolar e que interessassem aos dois países”, começou por dizer, para posteriormente enumerar algumas das áreas em que Portugal pode colaborar com Angola: medicamento, oncologia, emergência médica, formação e gestão de recursos humanos.

O ministro da Saúde angolano explicou que a saúde materno-infantil é uma prioridades. “Queremos fazer o seguimento da grávida, aumentar o treinamento das parteiras, cortar a transmissão vertical de mãe para filho do VIH, controlar a anemia, paludismo e beneficiar as grávidas com ácido fólico”.

Mas existem outras áreas de interesse e em que Angola tem de recorrer ao exterior para resolver. “Sobretudo ortopedia, hérnias, oftalmologia, oncologia. São áreas prioritárias para formação”, referiu José Van-Dúnem, que abriu também a porta aos laboratórios portugueses para produzirem medicamentos em Angola. “Não temos produção nacional, nem um registo suficientemente desenvolvido. Um dos objetivos é poder ter produção de medicamentos e aumentar o circuito da distribuição. Isto com os privados. Do setor público, queremos apoio no reforço da regulação”, explicou.

Fonte: Diário de Notícias, 1 de Agosto de 2013

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