O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada garante que o setor privado tem capacidade para gerir melhor o setor público e afirma que no Estado é que existem situações irregulares, como a sobrefaturação.
Artur Osório reagiu, desta forma, às afirmações do ex-ministro da Saúde António Correia de Campos que, em entrevista à agência Lusa, disse que os grupos privados não têm competência para gerir hospitais públicos, porque a sua lógica é “fazer o máximo número de atos possíveis, com boa ou má qualidade, desde que não se note”.
“Essa é uma informação um bocadinho gratuita, que não era de esperar de Correia de Campos que fez obra na saúde”, disse.
Para o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), “as seguradoras – que pagam esses atos – controlam isso melhor do que o Estado faz aos seus hospitais públicos, onde na realidade há sobrefaturação e se faturam atos que muitas vezes não existem. Aqui não acontece isto”.
Recordando que “a hospitalização privada portuguesa evoluiu muito e que hoje se fazem menos atos por doente do que no público”, Artur Osório, mantém a intenção de mostrar à tutela a disponibilidade do setor privado para gerir os hospitais do Estado.
“Quem define a política é o Governo, não somos nós. Se o ministro da Saúde – com quem vamos falar – estiver disponível e quiser pôr à consideração e a concurso a gestão de hospitais por privados é evidente que nessa altura os grupos privados portugueses aparecerão a concorrer com os melhores preços e condições”, declarou.
Para já, assegura que os hospitais privados “têm competência, organização, conhecimento e sentido de eficiência e qualidade, que não têm os hospitais públicos”.
Fonte: Jornal de Notícias, 3 de Agosto de 2013