Menu Fechar

Utentes temem medidas que administração declara transitórias

A administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga esclareceu hoje que o encerramento de quartos e salas do bloco operatório no Hospital de Estarreja é transitório e se deve à diminuição dos internamentos no verão.

Em reposta à comissão de utentes do Hospital Visconde de Salreu, em Estarreja, que hoje se manifestou preocupada com o fecho de camas e cancelamento de pequenas cirurgias, a administração hospitalar esclareceu à Lusa que se trata de uma medida transitória.

“No período de verão, devido à diminuição dos internamentos e à necessidade de organizar as férias do pessoal, todos os anos se reduz a atividade médica e cirúrgica, transitoriamente, e encerram-se alguns quartos em todos os departamentos e algumas salas do bloco operatório”, salienta uma nota do conselho de administração.

Os responsáveis pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) explicam que “foi feita uma reorganização de toda a pequena cirurgia em Estarreja para um melhor aproveitamento de todos os recursos” e desmentem que esteja a haver uma diminuição da atividade por falta de enfermagem.

“A cirurgia de ambulatório em Estarreja mantém-se a funcionar, como há vários meses, com a especialidade de Cirurgia Geral. A cirurgia de ambulatório em Águeda, que se encontra em funcionamento há cerca de um ano, sofreu um incremento de Cirurgia Geral”, esclarece o CHBV.

De acordo com o esclarecimento, o incremento em Águeda “não implicou qualquer transferência de material do bloco operatório de Estarreja”, salvaguardando que “sempre que se torne necessário, poderá ser mobilizado qualquer recurso material ou humano entre qualquer um dos polos que compõem o CHBV”.

O conselho de administração corrobora a garantia dada pelo Governo de que “nenhum dos polos do CHBV é para encerrar” e anuncia mesmo que em junho vão ter início consultas de Psiquiatria em Estarreja.

“O objetivo será sempre o reforço da prestação de cuidados de saúde, tal como esta no plano estratégico entregue ao presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), para posterior discussão com os presidentes de câmara de Estarreja e de Águeda”, garante.

A comissão de Utentes do Hospital Visconde de Salreu manifestou hoje preocupação com a “situação dramática” daquele hospital, concluindo que o fecho de sete camas de medicina, levando a que quatro enfermeiros fossem transferidos para o Hospital Infante D. Pedro, bem como de dois auxiliares de ação médica, “dá continuidade ao seu desmantelamento”.

Aquela comissão reporta que “hoje, pela falta de enfermeiro, foram canceladas todas as pequenas cirurgias programadas para o dia, tendo todos os utentes, após se dirigirem ao serviço, que regressar às suas casas sem que realizassem as pequenas intervenções cirúrgicas marcadas previamente”.

Fonte: Diário de Notícias, 3 de Junho de 2014, por Lusa

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *