Já nos centros de saúde, o número de consultas médicas nos cuidados de saúde primários diminuiu 0,4% no primeiro semestre, comparativamente com o mesmo período de 2014, mas o número de utilizadores destes serviços aumentou 0,8%.
O número de cirurgias programadas e o de consultas externas realizadas nos hospitais públicos subiu no primeiro semestre de 2015, face ao período homólogo, mas os episódios de urgência também aumentaram, com mais 10.915 casos.
De acordo com os dados da atividade assistencial dos primeiros seis meses deste ano, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), divulgados este sábado, no total, o número de intervenções cirúrgicas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde aumentaram 0,2 por cento (mais 563), sendo que no total se realizaram mais de 286 mil intervenções.
No entanto, este aumento global deve-se em particular à cirurgia de ambulatório, que aumentou 1,4% (mais 2.388), já que as cirurgias convencionais diminuíram 1,5% (menos 1.825).
Do total de cirurgias realizadas no período em análise, 58,4% ocorreram em ambulatório, ao passo que esta percentagem foi de 57,7% em 2014.
Quanto às consultas médicas externas, também aumentaram, tendo-se realizado mais 71,9 mil consultas do que no ano anterior, o que se traduz numa variação de 1,2%.
Para este aumento, concorreram as primeiras consultas, que cresceram 2,1%, mas também as consultas subsequentes, que aumentaram 0,8%.
Ao nível das urgências hospitalares, houve um aumento de 0,4%, com mais 10,9 mil episódios do que no mesmo período do ano passado.
Segundo os dados da ACSS, o valor global de consultas prestado pelo SNS, quer ao nível hospitalar, quer dos cuidados de saúde primários, continuou a registar uma evolução positiva, tendo alcançado as 21.353.814 consultas, mais 16.855 (0,1%) do que no período homólogo.
Nos centros de saúde, a tendência foi contrária. O número de consultas médicas realizadas nos cuidados de saúde primários diminuiu 0,4% no primeiro semestre, comparativamente com o mesmo período de 2014, mas o número de utilizadores destes serviços aumentou 0,8%, indica o relatório hoje divulgado.
Segundo os dados, de janeiro a junho de 2015 realizaram-se mais de 15 milhões de consultas nos centros de saúde, ainda assim, menos 55,7 mil consultas do que no período homólogo. Para esta diminuição contribuíram as consultas não presenciais, que registaram uma queda de 2,3%, com menos 91 mil destas consultas realizadas.
Em contrapartida, as consultas diretas (presenciais e domiciliárias) aumentaram 0,3 por cento, face ao período homólogo de 2014.
As contas da Administração Central dos Sistemas de Saúde revelam também que os centros de saúde tiveram menos utentes inscritos, nos primeiros 6 meses do ano. Menos 120 mil inscritos, o que representa uma queda de 1,2%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: TSF, 29 de agosto de 2015