Principais adquiridos, em comunicado pelo Ministério da Saúde
Em 2012 foi possível manter em funcionamento um sistema de saúde que estava em ruptura, em risco de colapso, reforçando a trajetória de reequilíbrio financeiro, que é condição necessária à sua sustentabilidade, mas dando igualmente uma resposta de qualidade às solicitações dos cidadãos que procuraram o SNS.
2012 foi o ano do maior orçamento de sempre para a Saúde (7.585M€ inicial + 1.500M€). Manteve-se um forte investimento público para melhorar a acessibilidade (abertura do Hospital de Loures, entrada em atividade de 32 unidades de saúde familiar e oito centros de saúde, conclusão ou continuação de investimentos em diversos hospitais, como Amarante, Lamego, Guarda, Faro e no Centro Materno-Infantil do Porto, e abertura de mais 400 camas de cuidados continuados) e pagaram-se, através de um programa especial de regularização, dívidas em atraso há anos totalizando cerca de 1,5 mil milhões de euros.
2012 foi o ano de um acordo histórico com os sindicatos médicos. Foi reorganizado o tempo de trabalho, com especial incidência para a passagem do horário laboral de 35 para 40 horas semanais, para o tempo do trabalho normal em urgência de 12 para 18 horas e para a consolidação das carreiras médicas, no âmbito de uma reforma na política de recursos humanos mais ampla, caraterizada pela restrição à contratação externa de serviços e à racionalização do trabalho extraordinário.
Em 2012 foram abertos concursos para preenchimento de necessidades em todo o país (1230 vagas) depois de identificadas as especialidades médicas carenciadas. Foram programados os concursos para 2013 e foi lançado um concurso nacional de habilitação médica ao grau de consultor, o que já não se verificava há sete anos. Foram descongeladas 750 vagas para efetivação de enfermeiros.
2012 foi o ano da reforma profunda no mercado do medicamento (desde a instituição legal do regime de prescrição por substância e não por marca à promoção dos genéricos e revisão das margens de farmácias e distribuidoras). Foram geradas para o Estado poupanças muito significativas na despesa com medicamentos, prevendo-se o cumprimento dos objectivos fixados no acordo com a indústria (-130 M€ no medicamento em ambulatório; -170 M€ no medicamento hospitalar).
2012 foi o ano em que os portugueses viram melhorado o acesso a medicamentos, pagando menos cerca de 100 milhões de euros de comparticipações ou com a baixa de preços dos medicamentos não comparticipados pelo Estado. As poupanças geradas ultrapassaram o aumento das taxas moderadoras, as quais perfizeram cerca de 1,7% das receitas do SNS, mantendo-se por isso um sistema financiado essencialmente por impostos. E o número de cidadãos isentos do pagamento de taxas moderadoras subiu cerca de um milhão comparativamente a 2011.
Em 2012 garantiu-se o acesso a medicamentos inovadores, com é o caso do Tafamidis.
2012 foi um ano com diversos condicionamentos, designadamente os que resultaram do acordo com os credores internacionais, e pela situação de desequilíbrio à partida verificada em diversos hospitais EPE, mas apostou-se na recolha e tratamento de informação, nas plataformas digitais de dados de saúde, simplificando-se o acesso às fichas clínicas de forma a melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, nomeadamente pelo evitar da redundância de exames e tratamentos.
Em 2012, as unidades de saúde passaram a entregar aos cidadãos notas informativas com os valores dos cuidados que lhes foram prestados no SNS.
Em 2012 foi aprofundado o combate à fraude pelo controlo da prescrição, em estreita colaboração com o Ministério Público e a Polícia Judiciária e graças ao papel determinante que desenvolveram e desenvolvem.
2012 foi o ano da consolidação da reforma dos cuidados primários com a reorganização dos ACES, aumentando a eficácia e reduzindo custos.
2012 foi o ano do estabelecimento das regras para a atualização do Registo Nacional de Utentes e da reorganização das listas de utentes nos cuidados primários. Ao abrigo do acordo com os sindicatos médicos, o número de utentes por médico de família passou de 1500 para 1900, o que vai permitir em breve o cumprimento do propósito de dar médico de família a todos os cidadãos.
Em 2012 iniciaram-se os processos da reforma hospitalar de forma a obter uma rede mais coerente e geradora de maiores eficiências.
2012 ficou marcado pelo lançamento bem sucedido de um programa de vacinação gratuita contra a gripe para os cidadãos com mais de 65 anos. Até ao presente, obteve-se uma taxa de cobertura que corresponde a cerca de um milhão de pessoas vacinadas nos centros de saúde.
Em 2012 passou a ser possível ao cidadão comunicar de forma anónima o erro médico eventualmente praticado nas unidades do SNS, de forma a evitar a repetição do erro e, sobretudo, a introduzirem-se boas práticas.
Fonte: RCM PHARMA, 26 de Dezembro de 2012
Desde o início dos trabalhos deste governo que disse que o Ministro da Saúde era uma das suas mais valias! Não me enganei, já o afirmei publicamente e acho mesmo que é o melhor ministro do elenco governativo. E há que elogiar os que vão fazendo um trabalho útil embora dificílimo e não só atacar quando fazem mal