A redução da despesa com produtos vendidos por farmácias de ambulatório, a redução dos gastos com meios complementares de diagnóstico e a redução da despesa com compras e fornecimentos de serviços equilibram contas do sector.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentou saldo positivo. Entre taxas moderadoras e o pagamento de outros serviços prestados, o SNS recebeu no mês de Fevereiro mais 2,5 milhões de euros do que no mesmo mês do ano passado.
De acordo com a execução financeira agora conhecida, a prestação de serviços também aumentou, subindo 14,8%, o que deu um retorno de 19,4 milhões de euros.
Para o saldo positivo contribuiu também a redução da despesa com produtos vendidos por farmácias de ambulatório, a redução dos gastos com meios complementares de diagnóstico e a redução da despesa com compras e fornecimentos de serviços.
A maior quebra ocorreu, no entanto, na despesa com imóveis do Ministério da Saúde, menos 12 milhões de euros, o que representa uma descida de 87%.
Para Manuel José, do Movimento dos Utentes da Saúde, estes números provam que são os utentes que estão a ajudar a financiar o SNS. “Está-se a exigir aos cidadãos, já vítimas de um conjunto de impostos e redução de salários, que comparticipem no pagamento de actos de saúde, coisa que já não se via há algum tempo”, refere.
O responsável do Movimento dos Utentes da Saúde denuncia ainda a existência de situações em que a prestação dos cuidados de saúde é afectada pela falta de recursos materiais.
“A informação que nos chega é que os ‘stocks’ de material clínico e de alguns medicamentos estão no limite. Há até caso de utentes que são chamados para intervenções cirúrgicas que acabam por não se realizar por falta de determinado produto ou determinado equipamento”, exemplifica.
Fonte: Rádio Renascença, 27 de Março de 2013