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Segundo dia de greve dos enfermeiros com 84% de adesão

Esperança de vida saudável aos 65 anos deverá passar a ser de 12,9 anos nos homens e de 11,7 anos nas mulheres. Documento traça objectivos também para os mais jovens.

Protestam contra a degradação das condições de trabalho e a favor da valorização da profissão. Sindicato diz que metade dos enfermeiros sofre de exaustão física e psíquica e mais de metade afirma que o seu ambiente de trabalho é mau.

O segundo dia de greve dos enfermeiros regista uma adesão de 84%. A informação é avançada à Renascença pela dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, que prevê que o nível de adesão se mantenha ao longo do dia.

A paralisação começou às zero horas de quinta-feira e vai decorrer até às 24h00 desta sexta-feira. No primeiro dia, o balanço é de 80% de adesão.

Os serviços mais afectados “são aqueles em que os enfermeiros não têm obrigatoriedade de comparecer”, como consultas externas e serviços nos centros de saúde – ou seja, os serviços que não funcionam durante 24 horas.

Os enfermeiros estão em protesto contra o que dizem ser a degradação das condições de trabalho e pela valorização da carreira de enfermagem.

Na quinta-feira, o Ministério da Saúde afirmou estranhar a greve, já que ainda estão em curso negociações com o sector.

Guadalupe Simões considera, por seu lado, que os dados da adesão demonstram “na realidade, o que é o descontentamento dos enfermeiros” e a “sua revolta pelo facto de se ter vindo a assistir a esta degradação das condições de trabalho”, além da “escassez” de profissionais que existe nos serviços.

A responsável acrescenta que existem enfermeiros que trabalham “milhares de horas” sem que sejam pagos por isso e sem que sequer haja possibilidade de essas horas extra serem gozadas em tempo.

O sindicato acusa o governo de ter poupado cerca de 190 milhões de euros à custa dos enfermeiros, nomeadamente com o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais, com os cortes nas horas de penosidade, bem como através do congelamento de escalões.

Segundo o SEP, metade dos enfermeiros sofre de exaustão física e psíquica e também mais de metade afirma que o seu ambiente de trabalho é mau.

Fonte: Rádio Renascença, 5 de junho de 2015

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