Uma fiscalização mais apertada na área do medicamento, nomeadamente na exportação, prescrição, distribuição e venda, bem como nos meios complementares de diagnóstico, gestão hospitalar e desperdício, são as prioridades do Ministério da Saúde.
Para cumprir esta meta, o ministro Paulo Macedo contratou Maria Rosa Tobias Sá, de 51 anos, com experiência na área do combate à fraude em instituições nacionais e na Europa, que irá servir de ligação entre o Governo e todas as autoridades que actuam na área da Saúde.
A apresentação da nova coordenação é feita hoje, na Escola de Polícia Judiciária, em Loures, num encontro que reúne a PJ, a Inspecção-Geral da Saúde (IGAS) e o Ministério Público.
Em declarações ao CM, Rosa Sá afirmou que “todas as áreas são importantes, mas o melhor combate à fraude passa pela prevenção”, e todos os profissionais da Saúde podem adoptar outros comportamentos.
Segundo a especialista, em funções há dois meses, a aplicação de medidas sancionatórias mais pesadas e o alargamento das situações puníveis poderão tornar mais eficaz a luta no combate à fraude.A agilização da comunicação entre o Ministério da Saúde e as autoridades que actuam nesta área visa a celeridade das investigações. Neste campo, actua também a central de conferência de facturas, que audita todos os meses a produção da despesa, passando a pente fino o montante do receituário, o que é prescrito e quem prescreve.
A gestão hospitalar não escapa a esta fiscalização. Diz Rosa Sá que nem todos os gestores são maus, mas ainda é possível melhorar .
Na questão da fraude, a especialista refere ser necessário estar especialmente atento à exportação ilegal de medicamentos. Um fenómeno novo que pode movimentar muitos milhões de euros
Fonte: Correio da Manhã, 25 de Janeiro de 2012