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Saúde ainda precisa de pôr medidas em prática rapidamente

Bruxelas faz uma avaliação crítica ao elevado montante das dívidas dos hospitais aos fornecedores

O Ministério da Saúde deu “passos importantes” para controlar as despesas, mas ainda há medidas que têm de ser “postas em prática rapidamente, para atingir os ambiciosos objectivos de redução dos custos”. Esta é, em síntese, a avaliação que a Comissão Europeia faz da aplicação do memorando da troika no sector da saúde.

De acordo com o relatório de Bruxelas, hoje divulgado, o Ministério liderado por Paulo Macedo adoptou “um número considerável de medidas ao longo de 2011”, como o aumento das taxas moderadoras e a revisão do sistema de preços dos medicamentos, entre outras, que levaram a uma “redução dos custos operacionais dos hospitais”.

No entanto, os próximos meses serão cruciais para implementar “medidas importantes, como a obrigatoriedade de os médicos prescreverem por substância activa e o aperfeiçoamento da legislação sobre as farmácias”. “Os próximos meses são essenciais para melhorar e afinar estas políticas e avaliar o impacto na redução de custos”, lê-se no documento.

A Comissão Europeia diz que, “apesar das medidas tomadas para reduzir as despesas no sistema público de saúde, não há nenhum plano que garanta a sua sutentabilidade financeira”.

A redução, concentração e redefinição dos hospitais públicos ainda está longe de estar concretizada, alerta Bruxelas, dando o exemplo, dos dois hospitais em PPP que abriram na zona de Lisboa, sem que haja “planos claros para reduzir a capacidade instalada na região”.

Finalmente, o relatório faz ainda uma avaliação crítica ao elevado montante das dívidas dos hospitais aos fornecedores, cuja estratégia de pagamento ainda está por delinear. Em relação a este último ponto, o Governo já aprovou em Conselho de Ministros a semana passada o plano de pagamento das dívidas dos hospitais, mas os Ministérios da Saúde e das Finanças ainda não o quiseram divulgar, apesar de o PÚBLICO já o ter solicitado há vários dias.

Fonte: Público, 3 de Abril de 2012

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