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Regulador considera que portugueses pagam muito pela saúde

Jorge Simões afirma mesmo que está a ser pedido às famílias “um esforço financeiro maior do que seria razoável”. Preocupações defendidas também pelo Movimento +Saúde, que ganha adeptos na internet.

O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) considera excessivo o que os portugueses pagam pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Jorge Simões afirma mesmo que está a ser pedido às famílias “um esforço financeiro maior do que seria razoável”.

As declarações de Jorge Simões foram feitas, esta sexta-feira, durante um encontro de comissões de ética que decorreu no Hospital da Luz, em Lisboa, e vêm ao encontro do que é defendido pelo Movimento +Saúde, que tem vindo a crescer no Facebook e que pretende ser uma plataforma de defesa do Serviço Nacional de Saúde.

Não é político, nem partidário, é apenas um movimento cívico. O Movimento +Saúde cresce no Facebook e num blogue, porque é nos momentos de crise que as pessoas mais precisam do Estado social.

José Filipe Pinto, subdirector do Departamento de Ciência Política da Universidade Lusófona, compreende todos os cortes impostos pela “troika” mas, na saúde não. “É normal que o Estado tenha de proceder a cortes, não entendo é, por exemplo, que o Serviço Nacional de Saúde apareça como uma sanguessuga”, critica. “Provavelmente não é uma pérola”, admite José Filipe Pinto, “mas está longe de ser uma sanguessuga”.

O professor da Universidade Lusófona vê nos cortes impostos, um verdadeiro crime: “A situação de crise leva as famílias abandonarem doentes nos hospitais, leva também as famílias a tirar os idosos de lares, não porque passaram a ter condições para tratar desses doentes, mas simplesmente porque a prestação que recebem serve para manter muitas famílias, isso representa uma eutanásia involuntária”.

Uma eutanásia que o Movimento + Saúde não está disposto a deixar passar, urge o debate, mas “um debate honesto sobre que saúde é que queremos e que estamos em condições de construir em Portugal”. O Movimento + Saúde conta na primeira linha com D. Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal.

Fonte: Rádio Renascença, 23 de Março de 2013

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