O secretário-geral do PS exigiu esta quarta-feira que a fórmula de cálculo para a isenção do pagamento de taxas moderadoras passe a ter em conta a totalidade dos membros de cada agregado familiar, incluindo os que não dispõem de rendimentos, avança a agência Lusa.
A posição de António José Seguro foi transmitida aos jornalistas após ter estado reunido durante cerca de uma hora com o presidente da Cáritas, Eugénio da Fonseca.
Acompanhado pelo presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Marcos Perestrello, e por Álvaro Beleza, membro do Secretariado Nacional do PS, António José Seguro começou por salientar a sua admiração pelo trabalho de solidariedade social da Cáritas.
“Tenho pela Cáritas uma enorme admiração e, por isso, quis vir ouvir de quem sabe. Além de ter ficado com um conhecimento mais nítido sobre a situação do país, porque há muitos portugueses que estão a cair em situações extremamente complicadas, verifica-se que também é necessário e possível medidas que atenuem as dificuldades”, sustentou o líder dos socialistas.
António José Seguro criticou então a fórmula de cálculo vigente para a isenção do pagamento de taxas moderadoras, dizendo que apenas incide sobre os elementos de um agregado familiar com rendimentos.
“Não se tem em consideração nem os filhos nem as pessoas dependentes, o que não tem qualquer sentido. Por outro lado, também deveria ser acautelada a possibilidade de haver uma dedução de despesas fixas, que correspondem a direitos fundamentais”, disse.
Na área da habitação, o secretário-geral do PS propôs que, para as famílias com dificuldades em pagar a sua prestação ao banco, o Parlamento encontre “rapidamente” uma solução.
“Há milhares de famílias em Portugal que vivem esta aflição”, disse, numa crítica à actuação das bancadas do PSD e do CDS no Parlamento na questão da revisão do sistema de crédito à habitação.
“Estamos a falar de pouca ajuda”, acrescentou.
Fonte: RCM Pharma, 19 de Setembro de 2012