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PS confronta Governo com menos utentes no SNS

O PS confrontou esta segunda-feira o Governo com a diminuição das consultas, urgências e cirurgias no SNS, desafiando o Executivo a admitir que o país está mais “pobre” e “injusto”, enquanto os Verdes questionaram se haverá mais austeridade a “breve prazo”, avança a agência Lusa.
Estas questões foram dirigidas ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, durante o debate da moção de censura ao Governo, apresentada pelo PCP, que decorreu esta segunda-feira na Assembleia da República.
O deputado António Serrano, do PS, numa intervenção muito breve, confrontou o Governo com números relacionados com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), dizendo que, até Abril passado, houve menos 330 mil consultas nos Serviços de Atendimento Permanente e menos 340 mil nos centros de saúde, assim como menos 219 mil urgências e menos sete mil cirurgias nos hospitais públicos.
“De que mais precisa o Governo para concluir que a sua política está a afastar os portugueses da saúde, a deixar o país mais pobre e mais injusto”, questionou o deputado.
Já os Verdes consideraram que os números da execução orçamental deste ano são “totalmente irrazoáveis” e questionaram o Governo se pretende continuar a “empobrecer o país” adoptando mais medidas de austeridade “a breve prazo”.
A deputada ecologista Heloísa Apolónia dirigiu estas questões ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, durante o debate da moção de censura ao Governo, apresentada pelo PCP, que decorreu esta segunda-feira na Assembleia da República.
Heloísa Apolónia afirmou que o próprio ministro das Finanças reconheceu na semana passada que, face aos dados da execução orçamental do primeiro semestre, que ficou aquém do esperado no lado das receitas fiscais, existe hoje “maior risco e mais insegurança” em relação ao cumprimento das metas orçamentais.
A deputada quis saber o que “vai fazer o Governo” perante esta “constatação”: admitir que é necessária uma “renegociação da dívida pública”, como defendem os Verdes, ou ser “teimoso” e “querer continuar por este caminho, a empobrecer o país”?
Se o Governo optar pela segunda hipótese, “vai ter de apresentar mais medidas de austeridade”, considerou Heloísa Apolónia, questionando a seguir se existe “mesmo a hipótese” de “mais medidas de austeridade a breve prazo em Portugal”.
Estas questões foram colocadas ao Governo na primeira ronda de intervenções e questões ao Governo, a que o primeiro-ministro decidiu responder mais tarde e em conjunto a um número alargado de perguntas de deputados de todas as bancadas.
Heloísa Apolónia criticou ainda Passos Coelho por, na primeira intervenção que fez neste debate, “fazer de conta que não tem responsabilidade absolutamente nenhuma naquilo que se passa no país”, destacando os números do desemprego e das falências das empresas, o facto de “metade dos desempregados” não receberem nenhum subsídio, havendo ainda “muitas pessoas” que, segundo a deputada, só conseguem aceder a serviços públicos se tiverem dinheiro, como acontece na saúde.
A deputada criticou ainda o primeiro-ministro por, apesar destes números, ter conseguido fazer um balanço positivo do primeiro ano de governação PSD/CDS, referindo-se ao conselho de ministros informal de domingo.

Fonte: rcm pharma, 26 de Junho de 2012

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