Secretário de Estado defende que o importante para Portugal “é ter uma rede de urgência sólida, toda ela provida de meios”.
O Governo estima abrir mais 28 unidades de saúde familiar (USF) até ao fim do ano. É este, segundo a tutela, o caminho a seguir para fornecer às populações os serviços de saúde mais eficazes e próximos, retirando assim pessoas dos hospitais.
O número foi avançado, esta quarta-feira de manhã, à Renascença pelo secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, num comentário ao relatório OCDE conhecido na terça-feira ao final do dia.
Segundo a organização, Portugal não deve desistir das reformas iniciadas, prosseguindo, por exemplo, na transformação de todos os centros de saúde em Unidades de Saúde Familiar.
O secretário de Estado concorda, mas diz que seria um erro voltar ao modelo dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP).
“Nós precisamos é de unidades com disponibilidade permanente e, por isso, é fundamental ter unidades de saúde familiar generalizadas. Aquilo que é importante para nós é ter uma rede de urgência sólida. Neste momento, temos 85 serviços de urgência abertos 24 horas no país e essa rede, desde que toda ela devidamente provida de meios, já é mais do que suficiente para aquilo que são as necessidades de urgência”, defende.
A OCDE mediu o pulso à saúde em Portugal e concluiu que, apesar da crise e dos cortes na saúde, foi possível conseguir manter um Serviço Nacional de Saúde de qualidade. Há, contudo, ainda muito a fazer, nomeadamente nos cuidados de saúde primários.
Fonte: Rádio Renascença, 27 de maio de 2015