Os estudantes de medicina no estrangeiro vão cada vez mais para fora com o objectivo de ficarem a trabalhar no país onde tiram o curso, apesar de continuarem a acompanhar a evolução do sector em Portugal, avança a agência Lusa.
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina no Estrangeiro (ANEME), Tiago Costa Pereira, afirmou que os estudantes de medicina no estrangeiro foram para fora porque não conseguiram vagas em Portugal, mas também com o objectivo de trabalharem nesses países.
A crise em Portugal e “a falta de expectativas” estão na origem dessa opção por estudarem e trabalharem no estrangeiro, disse Tiago Costa Pereira.
Segundo a ANEME, em 2011 existiam 900 alunos portugueses a estudar medicina no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, República Checa e Reino Unido.
É sobre a realidade dos estudantes no estrangeiro, e não só, que Tiago Costa Pereira vai falar quarta-feira na Comissão Parlamentar de Saúde, durante uma audiência a pedido da ANEME.
Esta associação escolheu quatro temas que dominam as preocupações dos estudantes no estrangeiro: a realidade dos estudantes portugueses de medicina na união europeia, a demografia e empregabilidade médica em Portugal, o novo regulamento do internato médico e o processo de equivalência de curso.
Fonte: RCM Pharma, 19 de Dezembro de 2012, por Lusa