Resumo
Palavras-chave: Planeamento, Estratégia, Saúde, COVID-19
Autores: Maura Alcaidinho, Susana Oliveira e Raquel Figueira – Enfermeiras Especialistas em Saúde Infantil e Pediatria, Centro de Saúde de Ponta Delgada (CSPD) – USISM, Ponta Delgada, São Miguel, Açores
Introdução
A humanidade nos finais do ano 2019 é confrontada com o surgimento do vírus SARS-CoV-2. Segundo o Instituo de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Lisboa, o coronavírus inicialmente designado por 2019-nCoV, foi identificado
primitivamente numa amostra de indivíduos frequentadores de um mercado de peixe em Wuhan (China), proliferando rapidamente por todo o mundo1. O SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, levou a que a Organização Mundial de Saúde declarasse este vírus como uma epidemia de emergência internacional (Lana et al., 2020).
A epidemia surpreendeu o Serviço Nacional de Saúde (SNS) de cada país, e Portugal não foi exceção. O XXI Governo Português, tinha em desenvolvimento o
programa SNS+ Proximidade, com o objetivo de desenhar e concretizar um novo
patamar do sistema de saúde em Portugal (Serviço Nacional de Saúde [SNS], 2018), quando se confronta com o contexto de pandemia e de emergência global. Correia (2020) defendeu de imediato a necessidade de se corrigirem lacunas para melhorar as respostas políticas e consolidar as tomadas de decisão em contexto de crise sanitária.
Note-se que no prazo de um ano (março 2020 e março de 2021) a subida de casos positivos foi de 4 268 casos para 820 mil casos (Mendes et al., 2021), fazendo-se notar assim os níveis de transmissibilidade entre indivíduos. Através da Figura 1 é notável a existência de dois picos de novos casos COVID-19, sendo o primeiro em janeiro de 2021 com 16 432 novos casos e o segundo em janeiro de 2022 com um pico de 65 706 novos casos. De igual forma se verificam dois picos quanto ao total de testes diários realizados, tendo-se verificado o primeiro pico em abril de 2021 com a realização de 98 063 testes e o segundo pico em dezembro de 2021 com a realização de 402 756 testes.
A realização de testes exige assim um elevado incremento na área dos recursos
humanos, tendo-se desenvolvido o Plano de Operacionalização da Estratégia de
Testagem em Portugal denominada por “task force”. Este plano estratégico, envolveu sinergias de instituições tais como a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), da Cruz Vermelha Portuguesa e do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH)2.
A ONU defende que a estratégia é na maioria das vezes, atingir um objetivo de forma eficaz e eficiente num curto espaço temporal, em que uma boa estratégia
impulsiona o foco, a responsabilidade e os resultados (United Nations, sd). Neste
sentido, emerge-se a necessidade da criação de um plano estratégico que permita perspetivar o futuro e identificar as tendências e questões que visem o alinhamento das prioridades do SNS no combate à pandemia do SARS-CoV-2. Assim, o objetivo do presente trabalho é apresentar uma visão sobre o plano estratégico criado no sentido de mitigar o vírus SARS-CoV-2, responsável pela doença COVID-19 em Portugal.
Artigo completo em https://issuu.com/spgsaude/docs/revista34_rpgs_web