Menu Fechar

PCP acusa Paulo Macedo de “abrir caminho para entregar SNS a privados”

O PCP acusou hoje o ministro Paulo Macedo de estar a “abrir caminho para a entrega do Serviço Nacional de Saúde” ao sector privado com os sucessivos aumentos.

“O que está a ser imposto é que os portugueses paguem cada vez mais pelo acesso à saúde para a entregar depois ao sector privado. Aliás, o ministro da Saúde é um homem ligado à banca e aos seguros de saúde e está a abrir caminho para a entrega do SNS ao sector de onde proveio”, disse à Lusa Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

Após uma visita ao hospital de S. João, no Porto, Toga destacou o “descontentamento visível e justificado com o rumo que está a ser imposto no SNS”.

“Foram os aumentos nos medicamentos, os cortes no apoio aos transportes de doentes, os encerramentos de serviços e o aumento das taxas moderadoras anunciadas para o início do ano”, recordou o membro do PCP para quem “a saúde é um direito, não é um negócio, e não pode estar a seguir um rumo para a sua liquidação e entrega ao sector privado”.

O PCP defende que a “solução passa por um maior investimento na saúde dos portugueses, reforçando o papel do Serviço Nacional de Saúde, melhorando as condições de ida da população e com isto conseguindo até benefícios para o país e para o próprio sistema”.

Jaime Toga alertou ainda que “em média cada português paga por ano 1300 euros” em despesas de saúde, sendo o que “mais paga na Europa”, embora a constituição nacional consagre a existência de um SNS “tendencialmente gratuito” e que “não admite os co-pagamentos”.

Por esse motivo, sublinha o PCP que “o que está a ser imposto por parte desta política e deste Governo é violador da Constituição e o que faz falta é uma política contrária a esta”.

“Apontamos a necessidade de os portugueses protestarem e lutarem contra esta política porque consideramos que não é inevitável e nesse sentido apelamos também à participação no desfile de protesto que vamos realizar no Porto contra o aumento do custo de vida no próximo dia 6 de Janeiro às 17h30”, rematou Toga.

Fonte: Público, 27 de Dezembro de 2011

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *