O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse esta quarta-feira que a área que tutela não é uma prioridade na contenção de despesas que a discussão sobre o Estado social exige, lembrando que em 2013 serão até contratados novos profissionais para o sector.
“Não é na Saúde que haverá uma prioridade de redução [de despesa], bem pelo contrário. Temos várias áreas em que temos de fazer investimentos, quer em unidades de Saúde quer em contratações de profissionais”, declarou Paulo Macedo à margem de uma intervenção na Ordem dos Economistas, em Lisboa.
A Saúde, sublinhou ainda, é “uma das áreas em que o Governo continuará a fazer uma descriminação positiva”, admitindo o governante, contudo, que haverá “necessidade de acertos” e de “participar num esforço nacional” que a actual crise económica exige.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, referiu que a reflexão sobre o Estado social “dá com certeza” para fazer até Fevereiro, data para a próxima avaliação da troika ao programa de ajustamento português.
“É uma reflexão muito importante para Portugal. Esse trabalho vai ser feito e incluir muita gente”, disse o governante em Lisboa, em declarações à margem do encerramento do 6.º Encontro Rede PME Inovação COTEC, subordinado ao tema ‘Acelerar o Crescimento das PME’.
O Executivo tem em estudo um corte de 4 mil milhões de euros na despesa com as funções do Estado, apelando a um “processo aberto e mobilizador da sociedade portuguesa” na discussão.
Fonte: Correio da Manhã, 22 de Novembro de 2012