Governante reafirma que ainda há margem para fazer alguns cortes na saúde, mas através da racionalização de recursos.
O ministro Paulo Macedo garante que a Saúde será uma das áreas protegidas na vaga de cortes nas funções sociais do Estado com o objectivo de poupar quatro mil milhões de euros.
À margem do congresso da Ordem dos Farmacêuticos, que decorre em Lisboa, Paulo Macedo deixou esta garantia mas também acrescentou que está tudo em aberto, dependendo, nomeadamente, do resultado das conversas com o PS.
“Nas áreas sobre as quais os cortes vão incidir mais não se inclui a saúde. Mais uma vez a saúde vai ser protegida. Por outro lado, toda a questão dos contactos que se estão a começar a fazer com o próprio PS quer dizer que tudo está por desenhar”, disse.
O governante reafirmou, entretanto, que ainda há margem para fazer alguns cortes na saúde, mas através da racionalização de recursos.
“Disse no Parlamento que havia margem para racionalizar e que essa é uma das poucas unanimidades que há na saúde. Há passos muito concretos para se dar mas não podemos esquecer que estes passos que têm que ser dados na racionalização e na redução de custos são ainda mais necessários porque a própria saúde tem custos adicionais”, acrescenta.
O Governo quer fazer um corte definitivo de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado até ao fim de 2014. Na apresentação do Orçamento do Estado para 2013 o ministro das Finanças Vitor Gaspar anunciou que a maior parte será conseguido com o corte das prestações sociais, educação e segurança.
Entretanto ainda hoje a ministra Paula Teixeira da Cruz anunciou uma poupança de 500 milhões de euros que será conseguida entre os Ministérios da Justiça, Defesa e Administração Interna.
Fonte: Rádio Renascença, 2 de Novembro de 2012