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Novo estudo para a reforma da saúde apresentado em 2014

O ministro da Saúde está aberto a usar as propostas que saiam deste estudo, mas garante que não tenciona fazer grandes alterações ao modelo de financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Dentro de um ano vai haver mais um estudo para definir a reforma da saúde em Portugal. A liderar os especialistas está o homem que redesenhou o sistema de saúde britânico, Nigel Crisp.

A iniciativa foi apresentada esta terça-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, na presença do ministro da Saúde. Paulo Macedo diz-se aberto a usar as propostas que saiam deste estudo para implementar a partir de 2015, mas garante que não tenciona fazer grandes alterações ao modelo de financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Paulo Macedo tenciona que o Serviço Nacional de Saúde continue a ser financiado “maioritariamente, como tem acontecido, por impostos de natureza solidária e progressiva. Sobre taxas moderadoras não prevemos que haja grandes oscilações no seu peso no financiamento da saúde, nem prevemos que passem a financiar a saúde, como hoje não acontece”, disse o ministro.

Confrontado com relatos de que há doentes crónicos cuja medicação é diferente consoante o hospital onde são assistidos, o ministro diz que nenhum caso concreto lhe foi reportado, mas a solução está a caminho: “Quando de facto estiver terminada a construção deste formulário hospitalar, que será desenvolvido por responsáveis com o envolvimento das comissões de farmácia e terapêutica, logo aí teremos uma uniformização desejável em termos dos critérios daquilo que será disponibilizado pelo Serviço Nacional de Saúde nos diferentes hospitais”, referiu Paulo Macedo.

Paulo Macedo concorda com Nigel Crisp no que se refere aos desafios com que se depara o SNS: a inovação tecnológica, o aumento da longevidade da população e a prevalência das doenças crónicas: “Mesmo se houvesse todo o dinheiro do mundo, o SNS tinha de mudar”, disse o especialista britânico, para quem as necessidades do serviço de saúde português têm de se focar na prevenção e não apenas nas doenças.

O ministro da Saúde falou à margem da apresentação da Plataforma Gulbenkian para um sistema de saúde sustentável. O relatório desta plataforma deverá ser conhecido no Verão de 2014.

Fonte: Rádio Renascença, 5 de Fevereiro de 2013

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