“Melhorar a qualidade” e “combater a fraude fiscal” são outras apostas, de acordo com Paulo Macedo. Governante elogia ainda o papel da Igreja em matéria de cuidados de saúde.
O ministro da Saúde garantiu que os mais vulneráveis vão continuar a ter acesso facilitado aos cuidados de saúde. Em declaração feitas esta terça-feira em Fátima, na abertura do Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, Paulo Macedo afirmou que um dos objectivos, “designadamente em tempos de crise, é ter medicamentos mais baratos – que em média custam menos 20% do que há dois anos”.
“No ano passado, os portugueses gastaram menos 190 milhões de euros, comprando mais cinco milhões de embalagens. Continua a ser assim no primeiro trimestre [do ano], no qual os portugueses gastaram cerca de menos 40 milhões de euros comprando mais 200 mil embalagens de medicamentos. Portanto, esta é uma preocupação de manteremos.”
“Melhorar a qualidade” e “combater a fraude fiscal” são outras prioridades, segundo o ministro. “Em termos de equidade, temos também de combater a fraude, que é responsável pelo desvio de recursos que escasseiam. Diria que na saúde é indesculpável: aqui estamos a desviar recursos para tratar pessoas, que são aproveitados em benefício próprio.”
Em menos de um ano, já foram sinalizados mais de cem milhões de euros de indícios de desvios e de fraude, contabilizou Paulo Macedo.
Elogiando o papel da Igreja em matéria de cuidados de saúde, o ministro mostrou-se disponível para receber as propostas que venham a sair deste Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, centrado na “arte de cuidar”.
“Tem havido contributos muito concretos [da Igreja]em acções muito específicas, como no apelo à dádiva de sangue ou no trabalho junto dos idosos”, referiu o governante. Paulo Macedo deu ainda como exemplos a área dos cuidados continuados, os apelos à vacinação ou avisos contra ondas de calor que são lançados com o apoio das paróquias.
Fonte: Renascença, 28 de Maio de 2013