O ministro da Saúde, Paulo Macedo, fez publicar em Diário da República um louvor público à direcção do Infarmed que retirou de funções, avança o Jornal de Negócios.
A direcção do Infarmed foi substituída, tendo sido nomeado como presidente do conselho directivo deste organismo, em Agosto, p médico Eurico Castro Alves, até então vogal da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Paulo Macedo justificou a substituição dos conselho directivo do Infarmed pela reestruturação no organismo, que “implica a recomposição do respectivo conselho directivo”, lia-se na resolução de Conselho de Ministros publicada em Diário da República no final de Agosto com a nomeação dos três elementos do Infarmed.
Eurico Castro Alves, Hélder Mota Filipe e Maria Paula de Carvalho Dias de Almeida foram nomeados, respectivamente, para os cargos de presidente, vice-presidente e vogal do conselho directivo do Infarmed. A estrutura passou de cinco elementos para três. Mota Filipe foi reconduzido. Mas saíram Jorge Torgal, que era presidente, Miguel Vigeant Gomes, Cristina Maria Moreira Figueiredo e António Oliveira das Neves.
Paulo Macedo diz que tendo cessado funções é “justo prestar público louvor pelo trabalho desenvolvido nessa instituição e pela forma como o desenvolveram, desde a sua nomeação inicial em 2010, até à presente data, e especialmente no período de tempo que comigo colaboraram”. Elogia o currículo destes responsáveis, “principalmente o do professor Jorge Torgal, médico, eminente especialista em saúde pública, professor e investigador, tendo a actuação no sector do medicamento nestes dois anos demonstrado inequivocamente a sua capacidade de dirigentes”. O ministro da Saúde ainda elogia os contributos que deu “para as alterações na política do medicamento efectuadas no último ano, que foram essenciais e dignas de relevo, bem como o papel importante desempenhado na materialização e prossecução das metas estabelecidas ao abrigo do Memorando de entendimento com a troika”. E realça “a adesão, independência e empenhamento nas negociações com a indústria farmacêutica”, cita o Negócios.
Mas saíram. Em Junho, Jorge Torgal declarou à TSF ter sido chamado ao Ministério da Saúde para Paulo Macedo o informar que “queria uma nova equipa e uma nova direcção. Não apresentei nenhum pedido de demissão”. Jorge Torgal saiu antes de terminar o mandato para o qual foi eleito.
Fonte: RCM Pharma, 13 de Setembro de 2012