Cerca de 50 utentes queixaram-se, num mês, à autoridade do medicamento da falta de remédios nas farmácias, através de um sistema de alerta criado para receber as dificuldades dos cidadãos.
Numa conferência de imprensa em Lisboa, o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, considerou que estas notificações “são importantes” mas pouco expressivas em número.
O Infarmed criou um endereço electrónico e disponibilizou um número de telefone para que os utentes pudessem comunicar a dificuldade em encontrar medicamentos, depois de notícias que apontavam para falhas no acesso.
As 51 queixas apresentadas em cerca de um mês diziam respeito a 49 medicamentos e 16 deles já estavam sinalizados pelo próprio Infarmed.
Em relação a outros 27, os laboratórios já tinham anunciado previamente a ruptura de stock e sobre os restantes oito a informação apresentada não estava devidamente fundamentada.
Para o presidente do Infarmed, as inspecções realizadas e as queixas recebidas, permitem mostrar que o abastecimento de remédios essenciais à população portuguesa não está em risco.
Entretanto, o Infarmed criou no seu site na Internet um mapa onde os cidadãos podem identificar a indisponibilidade, farmácia a farmácia, de medicamentos essenciais.
O sistema usa um sistema de cores no mapa para perceber se as farmácias têm ou não falhas de remédios.
A cor verde serve para os estabelecimentos sem faltas, as amarelas para os que prevêem vir a ter, a cor laranja para as farmácias com até três medicamentos em falta e a vermelha para as que têm mais falhas.
Desde que o sistema foi criado, há cerca de uma semana, surgiu apenas uma farmácia com a cor laranja e nenhuma com a vermelha.
Fonte: Correio da Manhã, 20 de Dezembro de 2012