Menu Fechar

Médicos mais velhos conferem mais experiência às equipas, diz Governo

No dia em que o ministro da Saúde reúne com os sindicatos, o Governo argumenta que a presença de médicos mais velhos nas urgências hospitalares confere mais experiência às equipas.

A ronda negocial de hoje acontece depois de os sindicatos terem contestado a proposta ministerial, nomeadamente o regresso dos médicos mais velhos às urgências hospitalares noturnas.

A proposta foi entregue ao Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e à Federação Nacional dos Médicos (FNAM), na passada semana, a poucos dias desta nova ronda negocial.

Os sindicatos falam em retrocesso. Ao contrário Carlos Martins, antigo secretário de Estado e representante do Governo nestas negociações, argumenta que é preciso dar ainda mais experiência às equipas.

«Neste momento, a maioria dos médicos que presta serviço de urgência e similares tem mais de 50 anos. (…) Este principio, da disponibilidade de médicos com mais de 50 prestarem serviço de urgência e com mais de 55 serviço noturno, é uma forma de procurarmos uma reorganização e um planeamento diferente em termos da gestão dos recursos humanos que estão disponíveis neste momento», defendeu.

Para além disso, acrescentou Carlos Martins «o facto de termos médicos com mais de 50 anos em serviço de urgência, em cuidados intensivos, em atendimento permanente, significa uma maior diferenciação técnica e termos os mais experientes nessas equipas».

Sobre a nova tabela remuneratória dos médicos, Carlos Martins diz que desde o início deste processo já houve uma aproximação de posições mas o braço-de-ferro continua.

«Não podemos esquecer a situação de emergência nacional que o país atravessa e o principio da neutralidade orçamental. E é com base nestas duas questões chave que temos apresentado varias hipóteses de evolução da tabela remuneratória atual. Nesse contexto, uma das situações que está em negociação é a existência de suplementos para estimular a prestação de determinados serviços e o aumento da disponibilidade dos médicos», explicou Carlos Martins.

Enquanto o Governo fala em suplementos para compensar os médicos que trabalhem mais horas, os sindicatos querem ver essas verbas incluídas no salário base.

Fonte: TSF, 28 de Agosto de 2012

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *