Em menos de um mês chegaram mais de 200 queixas de falta de material e de clínicos. Sindicato diz que serviço aos utentes está comprometido. Paralisação começa amanhã.
Em menos de um mês chegaram às três secções regionais da Ordem dos Médicos (OM) mais de 200 denúncias de falhas de material e de médicos, consultas marcadas com cinco minutos de intervalo entre cada doente, problemas informáticos, desorganização dos serviços e que levou a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) a marcar a greve de amanhã e quarta-feira, a par da proposta do Código de Ética e da publicação da portaria da rede hospitalar. Ministério da Saúde diz que negociações se mantém.
“A desorganização dos serviços cria uma sobrecarga grande e uma incapacidade de resposta que não é forma de tratar ninguém. Os médicos de família estão obrigados a receber todos os doentes que aparecem nos centros de saúde, mas depois como não é possível dizem-lhes para desmarcar consultas que estavam marcadas. A greve tem cada vez mais motivos. São os cuidados de saúde que estão em causa”, afirma Pilar Vicente, da Fnam. A greve de dois dias vai afetar sobretudo as consultas e as cirurgias programadas. O sindicato tem distribuído informação aos utentes alertando para que não se desloquem sem ser necessário.
Fonte: Diário de Notícias, 7 de Julho de 2014