Bastonário da Ordem dos Médicos refere que a situação está a “agudizar-se” devido a “problemas financeiros”.
Há médicos ainda em formação a assegurar urgências em hospitais e centros de saúde um pouco por todo o país. O bastonário da Ordem dos Médicos diz que a situação tem vindo a agravar-se e culpa a crise financeira.
“As situações vêm agudizando-se precisamente por problemas financeiros. Nem sempre é por falta de profissionais, mas por objectivos de reduzir as equipas para cortar a despesa com os recursos humanos dos serviços de urgência, o que torna a situação ainda mais lamentável”, diz àRenascença José Manuel Silva.
O sindicato dos médicos da região Sul apresentou recentemente o caso do hospital D. Estefânia, em Lisboa, onde a urgência de pedopsiquiatria chegou a ser assegurada exclusivamente por internos.
José Manuel Silva diz que a situação é preocupante, porque pode “prejudicar os doentes”. “A Ordem interveio nessas situações, procurando repor aquilo que considera como o desejável, mais uma vez sempre em função de garantir a segurança dos doentes e evitar que jovens médicos sejam postos perante situações em que a sua inexperiência se possa virar contra eles, prejudicando os doentes”, esclarece.
À Ordem dos Médicos têm chegado muitas queixas sobre casos como estes. Sempre que são contactados, os hospitais tentam regularizar a situação.
Fonte: Rádio Renascença, 17 de Julho de 2013