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Medicina. Ministro diz que “fim do ano comum já estava previsto”

Ordem dos Médicos está contra a redução do tempo de formação dos médicos.

O ministro da Saúde desvaloriza a contestação face à extinção do ano comum, período de tempo durante o qual os futuros médicos passam por vários serviços. Em declarações aos jornalistas, o ministro Paulo Macedo garante que esta alteração já estava prevista.

“O fim do ano comum em 2017 já estava previsto no grupo de trabalho há mais de três anos, já estava publicado em decreto de lei. Sobre isso não há nenhuma novidade”, afirmou, à margem de uma cerimónia de entrega de ambulâncias a corporações de bombeiros.

A polémica surgiu depois do secretário de Estado da Saúde, em entrevista ao “Diário Económico”, ter revelado a publicação de uma portaria que elimina, a partir de 2017, o ano comum.

Ordem contra
Na reacção à notícia da extinção do ano comum, o bastonário da Ordem dos Médicos apelou ao Governo para que não reduza o tempo de formação dos clínicos.

José Manuel defende que este ano é essencial para melhor habilitar os jovens médicos. “O ano comum é essencial para possibilitar os jovens médicos de desenvolverem melhor as suas competências pratica e a sua relação com o doente, e é um ano de transição entre os anos universitários e o exercício clínico com autonomia.”

“A complexidade, exigência e sensibilidade da medicina tem aumentado progressivamente. Se alterássemos o tempo, seria para o aumentar. Porque na medicina não se poder errar, e quando há um erro, quem sofre é o doente”, reforçou.

José Manuel Silva acrescenta que a complexidade da medicina até deveria fazer ao aumentar o tempo de formação.

A coligação PSD/CDS quer reduzir o tempo de formação dos clínicos e o secretário de Estado Leal da Costa expressou que acredita num entendimento com o PS para um pacto de regime nesta área.

Fonte: Rádio Renascença, 28 de julho de 2015

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