Mais de sete milhões de portugueses serão dispensados de algumas taxas moderadoras, de acordo com cálculos do Ministério da Saúde, a que o Diário Económico teve acesso.
A maior fatia de isenções será para as pessoas com insuficiência económica: são perto de 5,2 milhões de pessoas, cujo rendimento mensal não ultrapassa os 628 euros.
A juntar a este grupo, que não terá de pagar qualquer taxa, estão ainda as grávidas (45 mil), as crianças com menos de 12 anos (880 mil) e as pessoas com incapacidade superior a 60% (81 mil). O novo regime de isenções determina ainda que um segundo grupo (com cerca de 183 mil pessoas) fique dispensado de pagar taxas moderadoras só nos centros de saúde. Aqui incluem-se, entre outros, bombeiros e dadores de sangue. Também os doentes crónicos (890 mil) ficam dispensados de pagar taxas pelos cuidados que digam respeito à doença que os afecta.
Recorde-se que o valor das taxas moderadoras nas urgências e nos centros de saúde vai duplicar já a partir do próximo ano. Já as consultas hospitalares da especialidade podem mesmo vir a custar três vezes mais. O Executivo estima arrecadar 199 milhões de euros em taxas moderadoras no próximo ano, praticamente o dobro da receita conseguida actualmente. De acordo com fonte do Ministério da Saúde, haverá menos pessoas a pagar mais.
Fonte: Económico, 14 de Dezembro de 2011