“O que nós queremos trazer é um plano para o país para recuperar o SNS, para atender às pessoas, para que haja um médico de família que possa responder às dificuldades das famílias, para que haja um investimento de qualidade no SNS”, afirmou Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas junto ao centro de saúde de Carnaxide, no concelho de Oeiras, que visitou ao final da manhã.
Defendendo que é preciso fazer “tudo ao contrário do que o Governo está a querer fazer”, o líder do BE lembrou a hipótese de encerramento da “maior e melhor maternidade do país” e o aumento das taxas moderadoras.
“O Governo está a destruir um dos pilares da democracia”, acusou Francisco Louçã, que visitou o centro de saúde de Carnaxide acompanhado pelo deputado João Semedo, que é também médico.
O líder do BE recusou ainda o “fanatismo do Governo para a destruição dos serviços públicos”, insistindo na necessidade de “uma resposta à situação de urgência” que Portugal vive e preconizando “um SNS que seja capaz, que seja competente, que seja adequado, que seja digno para todas as pessoas”.
Relativamente ao centro de saúde de Carnaxide, que serve as zonas de Carnaxide, Linda-a-Pastora, Outurela e Portela, Francisco Louçã especificou que os 11 médicos que aí trabalham têm de atender quase 20 mil pessoas.
“Em todo o lado o que nós temos é um SNS esforçado de médicos, enfermeiras, trabalhadores, gente que se dedica à saúde neste país e esta é uma prioridade para Portugal”, frisou, lamentando que o país esteja a desperdiçar recursos de uma “forma extraordinária”.
“Nós queremos, pelo contrário, recuperar o que é essencial”, reiterou, reforçando as críticas ao Governo por estar “a dar o sinal contrário” e recusando o favorecimento da desigualdade de “uns poderem ter uma medicina privada e outros terem de ter uma medicina empobrecida”.
Fonte: Público, 17 de Abril de 2012