Os hospitais EPE tinham até novembro dívidas atrasadas na ordem dos 2,2 mil milhões de euros, devido à falta de financiamento destas entidades, afirmou hoje o secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento.
Luis Morais Sarmento, que é hoje ouvido na comissão parlamentar de orçamento, finanças e administração pública, explicava aos deputados que estes hospitais “não fazem neste momento parte do perímetro orçamental” mas que a falta de financiamento os levou a acumular dívidas até aos 2,2 mil milhões de euros.
Este valor deverá ser parcialmente abatido com o uso das verbas provenientes dos fundos de pensões, mas só quando o mecanismo de controlo destas dívidas atrasadas estiver em funcionamento e de forma eficaz.
Num documento interno divulgado pelo Diário de Notícias no início deste ano, dava-se conta de que o Governo pretendia utilizar 1.500 milhões de euros para pagar estas dívidas.
No entanto, o FMI já havia dito que este dinheiro só pode ser utilizados com os mecanismos apropriados em funcionamento.
“Várias vezes no passado se tentou arranjar programas para fazer face a esse fenómeno dos pagamentos em atraso, e veio-se a verificar que uma vez pagos esses compromissos, novos compromissos surgiram porque não existiam os controlos necessários”, disse o governante.
Fonte: Diário de Notícias, 25 de Janeiro de 2012