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Greve/Médicos: Serviços mínimos iguais aos domingos e feriados

Nos próximos dois dias e por causa da greve dos médicos, os meios que vão estar disponíveis nos centros de saúde e nos hospitais são os mesmos que existem aos domingos e feriados.

Os médicos iniciaram há meia noite uma paralisação para exigirem, entre outros aspetos, a anulação do concurso para a aquisição de serviços médicos pagos à hora.

Esta paralisação, segundo o Ministério da Saúde, pode levar ao cancelamento de mais de 400 mil consultas e mais de 4 mil cirurgias.

O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) admite que tem expectativas de que esta greve seja muito participad e diz que as pessoas só devem dirigir-se aos centros de saúde e hospitais em caso de urgência.

«Os utentes foram avisados, desde o início, para não recorrerem aos serviços, porque não queremos que a sua doença seja utilizada como arma de arremesso em relação aos médicos», afirma Roque da Cunha.

O sindicalista diz também que é tempo do Ministério da Saúde começar «finalmente a perceber que tem de negociar de uma forma séria com os médicos».

Roque da Cunha prefere não concretizar números esperados de adesão à greve, mas quis deixar um elogio aos médicos que vão assegurar os serviços mínimos.

«É muito difícil dar esses números, não entramos nessas contabilidades, mas querem deixar uma homenagem aos médicos que vão estar a assegurar os serviços mínimos. Dessa forma podemos tranquilizar a população que será prejudicada o menos possível», afirma.

A greve dos médicos vai prolongar-se por dois dias. Para a tarde desta quarta-feira em frente ao Ministério da Saúde , em Lisboa, está convocada uma manifestação da Plataforma Cidadã de Resistência à Destruição do Serviço Nacional de Saúde.

No pré-aviso de greve, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que organizaram esta greve com o apoio da Ordem dos Médicos, recusam «as múltiplas e graves medidas governamentais de restrição no acesso aos cuidados de saúde».

Os clínicos identificam como um dos objetivos deste protesto a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os médicos reclamam a defesa da «qualidade do exercício da profissão médica e da sua formação contínua» e recusam «as múltiplas e graves medidas governamentais de restrição no acesso aos cuidados de saúde para um número crescente de cidadãos, colocando permanentes situações dramáticas aos vários sectores de profissionais de saúde».

Fonte: TSF, 11 de Julho de 2012

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