O Ministério da Saúde travou a fundo a reforma dos cuidados de saúde primários e a criação de novas Unidades de Saúde Familiar.
Apesar de ser um modelo elogiado e previsto no acordo assinado com a troika, nos últimos três anos, o ritmo de abertura de novas USF abrandou – abriram, em média, 34 novas Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo A por ano (num total de 102 em três anos) face a uma média de 54/ano entre 2006 e 2011 (num total de 325). Este ano, até maio, abriu apenas uma USF, apesar de haver 50 candidaturas ativas, lê-se num relatório publicado a 4 de maio no site da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS).
Bernardo Vilas Boas, presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) não encontra “qualquer explicação razoável” para esta travagem por parte do ministério de Paulo Macedo. “Há um total bloqueio por parte do Governo e do Ministério da Saúde em relação às USF e à reforma”, diz, insistindo que este travão é “incompreensível” até pela avaliação positiva que é feita do desempenho deste modelo.
Fonte: Jornal de Notícias, 13 de maio de 2015