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Governo diz que não há buraco nas contas da saúde

O Governo considera «globalmente positivo» o relatório do Tribunal de Contas sobre as PPP dos hospitais, em comparação com as parcerias noutras áreas.

Uma auditoria do Tribunal aos encargos com as Parcerias público privadas (PPP) de quatro hospitais concluiu que não estão a ser contabilizados cerca de 6.000 milhões de euros relativos a 20 anos de serviços clínicos.

Segundo o Ministério da Saúde, num comentário enviado hoje à agência Lusa, a perspetiva do Tribunal de Contas (TdC) é a de que deveriam ser considerados os encargos decorrentes da prestação de serviços clínicos para 30 anos «quando os contratos de gestão clínica são apenas de 10 anos».

«Esta abordagem é discutível e a conclusão do Tribunal de Contas é limitada, na medida em que, no final dos 10 anos do contrato de prestação de serviços clínicos, o Estado pode optar pela continuidade de prestação de serviços do privado ou pela prestação direta de cuidados de saúde pelo Estado», refere o Ministério.

Diz ainda o Ministério que, mesmo que o Estado opte pela continuidade de serviços clínicos via PPP nos 20 anos seguintes, os preços dessa prestação de serviço não estão ainda negociados.

«Afigura-se irrealista e pouco rigoroso estimar a esta distância os encargos associados a tal eventual contrato PPP», acrescenta a nota do Ministério liderado por Paulo Macedo.

O Ministério da Saúde sublinha ainda que o Estado gasta menos dinheiro com as PPP do que com a gestão pública direta. «Não há, portanto, qualquer buraco nas contas da saúde», refere.

Acrescenta ainda que o Tribunal de Contas refere um «maior controlo dos encargos públicos com as PPP das grandes unidades hospitalares, na medida em que existe um processo anual de negociação da produção clínica».

O Ministério da Saúde admite, contudo, ter preocupações semelhantes às do Tribunal de Contas no que se refere a melhorar o sistema de informação e de gestão destas parcerias, indicando que estão em curso medidas para alcançar esse objetivo.

Fonte: TSF, 28 de Julho de 2013, por Lusa

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