Ministério da Saúde “reafirma a sua total disponibilidade para negociar” com os sindicatos.
O Ministério da Saúde (MS) lamenta a greve marcada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) para 8 e 9 de Julho, sustentando que violará um acordo assinado por sindicatos em 2012.
O gabinete do ministro Paulo Macedo refere, em comunicado, que a paralisação é injustificada e, concretizar-se a paralisação, “violará a cláusula 23.º do acordo assinado em Outubro de 2012 por sindicatos médicos e o Ministério”.
A Federação Nacional dos Médicos comunicou a marcação da greve, na sexta-feira, após uma reunião conjunta da Ordem dos Médicos (OM), da FNAM e do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) com o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
A justificação da greve está relacionada com a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), concretamente nas condições de trabalho dos médicos e a qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos.
No comunicado divulgado este sábado, o MS “reafirma a sua total disponibilidade para negociar com todas as organizações médicas, como sempre aconteceu”, acrescentando que “vários dos pontos constantes da agenda apresentada pelos sindicatos são passíveis de negociação, entendimento e compromisso”.
“O MS acredita que, até à data do agendamento da greve, a FNAM possa ainda rever as suas posições, poupando os cidadãos aos sacrifícios que representaria a falta ou o adiamento de cuidados de saúde”, adianta.
A tutela considera ainda que o SNS “apesar da situação de crise vivida no país, tem-se revelado resiliente e robusto ao ponto de manter, e mesmo reforçar, os indicadores que colocam Portugal entre os melhores do mundo em muitas matérias, como a mortalidade infantil e a esperança de vida”.
Adianta também que ficou marcada com os sindicatos uma nova reunião dentro de um mês, para retomar as negociações sobre os temas em discussão.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) informou este sábado que não vai aderir à greve convocada pela FNAM.
Fonte: Rádio Renascença, 7 de Junho de 2014