Menu Fechar

Faltam médicos no litoral alentejano

Autarcas pedem sensibilidade ao ministro da Saúde a quem querem expor, em audiência, uma situação que classificam de “muito preocupante”.

Faltam médicos no litoral alentejano. A preocupação cresce na mesma proporção das queixas de autarcas e utentes. Há uma quebra considerável de médicos nos serviços de saúde, que pode chegar a um terço do total dos clínicos que exercem a profissão na região, colocando em causa a normalidade dos serviços.

Os números são elucidativos, de acordo com José Alberto Guerreiro, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral , pois “estamos com uma quebra de cerca de 50 médicos em toda a região do litoral alentejano e há mais nove médicos, dos actuais 99 em serviço que pediram aposentação” o que configura uma “situação muito preocupante”, refere à Renascença.

Mas além dos médicos, há também que levar em consideração os muitos pedidos de aposentação por parte do pessoal administrativo. O também presidente da Câmara de Odemira lembra haver, neste momento, uma total dependência dos Ministérios das Finanças e da Saúde, o que condiciona a autonomia da administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA).

Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines são os concelhos afectados e onde há “um acréscimo continuado de queixas, de processos em que as pessoas reclamam sistematicamente devido ao muito tempo que esperam, não só no hospital como também nos centros de saúde”, confirma à Renascença, José Alberto Guerreiro.

O autarca vai mais longe e diz que a “situação denota um claro decréscimo na qualidade dos serviços de saúde na região.”

Entretanto, em comunicado enviado à agência Lusa, a administração da ULSLA já reconheceu alguns “congestionamentos” que atribui a “uma maior afluência de utentes aos serviços de saúde fruto da intensificação de surtos gripais próprios da época”. Explicação que não convence os autarcas que querem reunir com o ministro da Saúde, Paulo Macedo, para expor uma situação que dizem estar perto da ruptura.

Numa região onde as distâncias contam e muito, são quase 100 mil os habitantes abrangidos por um hospital, em Santiago do Cacém, três urgências, cinco centros de saúde e três dezenas de extensões.

Fonte: Rádio Renascença, 20 de Março de 2013

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *