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Falta de medicamento para Parkinson deve resolver-se na próxima semana

Há um ano, nas farmácias faltava um outro medicamento para o ParkinsonA associação de doentes com Parkinson fez o alerta sobre um medicamento insubstituível para esta doença que estava a faltar nas farmácias. O Infarmed garante que está a acompanhar a situação.

O medicamento chama-se Sinemet e, segundo médicos e doentes, apesar de não se encontrar esgotado está a colocar problemas aos doentes que se queixam que é cada vez mais difícil de encontrar em fármaco (sem alternativa) disponível nas farmácias. A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) revelou ao PÚBLICO que está a “acompanhar a situação, tendo a informação do titular de autorização do mercado do referido medicamento de que a situação estará regularizada na próxima semana”.

“O Infarmed mantém uma vigilância activa de modo a garantir a acessibilidade dos utentes aos medicamentos de que necessitam e actuará em conformidade sempre que essa acessibilidade for posta em causa”, sublinha a nota enviada ao PÚBLICO. O esclarecimento da Autoridade Nacional do Medicamento surge na sequência do alerta feito por médicos e doentes. Em declarações à TSF, o neurologista João Guimarães adiantou que recebe, todos os dias, pelo menos um doente que refere ter muitas dificuldades para encontrar o fármaco.

José Vieira, da associação que representa os doentes com Parkinson, disse à TSF que oSinemet nunca esgotou, formalmente, mas as caixas disponíveis são escassas. Alguns doentes têm de ir a Espanha comprá-lo, denunciou. Este responsável adiantou ainda que suspeita que as farmacêuticas estão a levar o Sinemet para países com preços mais caros e teme que o fenómeno se repita noutros medicamentos para Parkinson. O presidente da Associação de Farmácias de Portugal também avança com a suspeita de se estar perante o resultado de um “situação de exportação”.

Os laboratórios que comercializam o medicamento alegam que há problemas de produção e garantem que estão a fazer tudo para resolvê-lo.

A ruptura de stocks nas farmácias torna-se grave nos casos em que os doentes não têm medicamentos alternativos no mercado. Caso as situações sejam consideradas graves e de risco para a saúde pública, as entidades podem perder o alvará e as licenças, o que obriga ao encerramento.

Por esta altura, no ano passado, os doentes com Parkinson também se queixaram de graves problemas com outro medicamento para esta doença. Em Abril de 2011, o Parkadinadesapareceu das farmácias e a situação só foi resolvida no final de Maio. Em Portugal, estima-se que existam 20 mil pessoas com esta doença.

Fonte: Público, 14  de Maio de 2012

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