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Estado gastou 1,2 mil milhões em remédios no primeiro semestre, menos 6,3 por cento

 

Rui Gaudêncio/Público

Despesa do Serviço Nacional de Saúde com comparticipações diminuiu em mais de 163 milhões face aos primeiros seis meses de 2010. Quota dos genéricos já é de 21 por cento.

O Estado gastou 1188,9 milhões de euros com os medicamentos no primeiro semestre deste ano, o que representa uma descida de cerca de 80 milhões (6,3 por cento) face aos gastos globais registados em igual período de 2010.

De acordo com a análise do PÚBLICO aos dados ontem publicados pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, esta descida deveu-se exclusivamente à evolução no mercado ambulatório (comparticipações sobre os remédios comprados nas farmácias), que no período em análise registou um decréscimo de 163,7 milhões (19,5 por cento).

Já o consumo de medicamentos em meio hospitalar nos primeiros seis meses de 2011 representou um agravamento de 83,7 milhões de euros. Isto apesar dos vários planos de contenção de custos e anúncio de medidas para controlar os gastos nos hospitais por parte do anterior Governo e dos próprios conselhos de administração.

O hospital que mais gastou em medicamentos foi o Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE, com um total de 69 milhões, mais quatro por cento. Logo a seguir vem o Centro Hospitalar de São João, EPE, com 46,1 milhões (mais 32,3 por cento).

Em relação ao segmento do ambulatório, o Infarmed revela que o mercado total dos medicamentos ascendeu a 1494,7 milhões de euros no final do primeiro semestre deste ano (menos 7,9 por cento face ao período homólogo de 2010), dos quais 675,2 milhões foram gastos nas comparticipações pagas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Nos primeiros seis meses do ano foram vendidas 118.445.440 embalagens, o que representa uma quebra de 1,5 por cento face ao primeiro semestre do ano passado. Em 2010, o SNS fechou o ano com um encargo de 1.673 milhões de euros neste segmento, mais 7,3 por cento do que em 2009. Já o mercado hospitalar foi responsável por uma despesa de cerca de mil milhões, mais 2,9 por cento.

Os dados do Infarmed revelam ainda que no final do primeiro semestre foram vendidas 25.081.572 embalagens de medicamentos genéricos, que representaram uma despesa de 281,2 milhões de euros. Estes números traduzem uma variação positiva de 19,2 por cento ao nível das embalagens e negativa em 9,7 por cento nos custos, face aos primeiros seis meses de 2010. A quota de mercado destes medicamentos subiu para 21,18 por cento, quando no final de Junho do ano passado era de apenas 17,5 por cento.

Fonte: Público, 24 de Agosto de 2011

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