Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses considera que o combate ao desperdício pode ser feito através de uma “gestão mais adequada de stocks, melhor aproveitamento do tempo disponibilizado”.
Grande parte dos hospitais portugueses gasta mais 30% ou 40% do que devia no uso da sala de operações. Cada minuto de utilização custa entre sete e 12 euros, um custo que, segundo Manuel Valente, vice-presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses, poderia ser reduzido quase para metade, se existisse uma organização e gestão cuidada da parte de todos os profissionais.
“Temos alguns exemplos concretos de coisas que poderiam ser melhor geridas, isto é, com menos desperdício, que podem ser contabilizados a volta de 30% a 40% de desperdício”, explica Manuel Valente.
O responsável da AESOP sublinha que o combate ao desperdício pode ser feito através de uma “gestão mais adequada de stocks, melhor aproveitamento do tempo disponibilizado das salas de operações”.
Dando como exemplo as “infecções associadas aos cuidados de saúde”, Manuel Valente considera ser possível “reduzi-las” e, com isso, “ter mais eficiência e menos desperdício”.
A redução dos custos do uso de uma sala de operações é o principal objectivo do segundo Fórum Nacional do Bloco Operatório, que começa esta sexta-feira na cidade do Porto e que até amanha reúne especialistas de várias áreas da saúde.
Fonte: Rádio Renascença, 12 de Abril de 2013