Novas formas de luta podem passar por greves, manifestações, concentrações ou vigílias.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses admitiu a possibilidade de o sector “agudizar as formas de luta”, caso os ministérios da Saúde e das Finanças não aceitem as suas revindicações, na reunião agendada para quarta-feira.
No balanço global nacional dos cinco dias de greves realizadas esta semana, entre as 8h00 e as 12h00, para contestar as medidas do Governo para o sector, discutir o processo negocial e delinear novas estratégias de luta, José Carlos Martins disse não dispor de números de adesão à greve porque “a opção foi realizar reuniões gerais de enfermeiros”.
“Há uma fortíssima disposição dos enfermeiros para agudizar as formas de luta caso os ministérios das Finanças e da Saúde na reunião de amanhã, no Ministério da Finanças, não evoluam de posição”, afirmou.
Segundo o dirigente sindical, ao longo desta semana “os enfermeiros foram dando diversas ideias e opiniões, com a noção de que essa agudização das formas de luta passará sempre por greves, manifestações, concentrações ou vigílias, que poderão ser diversificadas de hospital para hospital ou nacionais”.
Contudo, José Carlos Martins frisou que essas formas de luta só avançarão se os dois ministérios “não evoluírem nas suas posições”. A direcção nacional do SEP agendou para dia 30 uma reunião para análise do processo negocial e para decidir as eventuais acções de protesto a realizar.
“Os ministérios da Saúde e das Finanças já assumiram que estão dispostos a negociar todos os aspectos do caderno reivindicativo” nomeadamente as que se relacionam com “as resoluções da precariedade, da mobilidade, dos concursos de enfermeiros principais, questões remuneratórias e a questão do horário de trabalho. Será uma reunião decisiva”, referiu José Carlos Martins.
Segundo o SEP, a carência de enfermeiros é “uma realidade amplamente reconhecida pelos sucessivos governos, também por este, pelos grupos parlamentares, administrações regionais de saúde e conselhos de administrações das instituições que integram o Serviço Nacional de Saúde”.
Fonte: Rádio Renascença, 22 de Outubro de 2013