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“É preciso lutar contra o desmantelamento do SNS, incluindo com o recurso à greve” defende Octávio Teixeira.

O comentador do Conselho Superior da Antena 1 analisa a subcontratação de enfermeiros pagos a menos de quatro euros/hora, referindo que se trata de um exemplo da política do governo que promove o desemprego em massa, trata os trabalhadores como mera mercadoria, obrigando-os a aceitarem salários insustentáveis com medo do desemprego.

 O comunista destaca que na saúde não existe falta de trabalho salientando que estes enfermeiros são declaradamente necessários em permanência no Serviço Nacional de Saúde, só que o governo não os contrata e vai subcontratá-los a empresas de trabalho temporário que ficam com parte do dinheiro que lhes devia ser pago.

O SNS precisa de mais profissionais mas o executivo recusa admiti-los no quadro, demonstrando dessa forma que a prestação de cuidados de saúde não requer especialização, trabalho de equipa ou uma relação continuada com o doente.

Para Octávio Teixeira, o governo desvaloriza o direito à saúde, não o vê como um direito fundamental mas como um mero bem de consumo que deve sujeitar-se à lei da oferta e da procura e assim dar lucros ao setor privado.

E vai mais longe, na prática, o executivo da maioria PSD/CDS-PP pretende baixar a qualidade dos serviços prestados para descredibilizar o Serviço Nacional de Saúde e assinala que todas estas decisões têm o objetivo programado de desmantelar o SNS para privatizar o acesso aos cuidados de saúde.

Octávio Teixeira defende que este desígnio governamental merece o repúdio dos cidadãos e dos profissionais do setor, que devem lutar pela defesa do SNS com todas as armas,  incluindo o recurso à greve.

 

Fonte: RTP, 5 de Julho de 2012

 

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