Em dezembro de 2010, de acordo com os dados «ainda provisórios» apresentados pelo coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), aguardavam por uma cirurgia 158.625 pessoas.
No mesmo período de 2011, esse número era já de 175.282, uma diferença de mais 16.657 doentes.
Segundo os deputados da oposição, os valores hoje revelados representam uma «inflexão» na tendência crescente de diminuição das listas de espera que se verificava desde 2005 e que coloca o ano de 2011 ao nível do de 2008.
A mediana do tempo de espera aumentou também ligeiramente no último ano, de 3,1 para 3,2 meses, revelou Pedro Gomes, coordenador do SIGIC.
Contudo, o responsável assegurou que estes aumentos não correspondem a uma redução do número de cirurgias realizadas e avançou que, antes pelo contrário, «o maior número de cirurgias realizou-se em 2011».
Em declarações aos jornalistas, justificou então o crescimento do número de inscritos com um «aumento da procura» e adiantou que apesar de o número global ser equivalente a 2008, o «número de entradas na lista» é superior ao observado nesse ano.
«Quanto maior a procura, maior a lista de espera. A mediana mantém-se praticamente estabilizada e o número de cirurgias globais [inclui as realizadas nos hospitais públicos e as realizadas em convencionados] de 2011 aumentou face a 2010», afirmou.
Fonte: TSF, 21 de Março de 2012