Os dados mais recentes, publicados pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), revelam que em Janeiro o montante das dívidas atingiu os 1.302,9 milhões de euros, o que representa um agravamento de 28,3% em relação a Fevereiro do ano passado.
O prazo médio de pagamento derrapou 102 dias no período em análise, ao passar de 377 dias, em Fevereiro de 2011, para 478, em Janeiro deste ano.
O Centro Hospitalar de Lisboa Norte, com 175,8 milhões de euros, é a unidade com o maior volume de dívida, seguido pelo Centro Hospitalar Lisboa Central (92,4), Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (74,2), Centro Hospitalar do Porto (54,9) e o Centro Hospitalar de Coimbra (46,7).
O Centro Hospitalar do Nordeste é o que tem o prazo médio de pagamento mais elevado (899 dias), seguido pela Unidade Local de Saúde da Guarda (891), Centro Hospitalar Médio Tejo (795), Centro Hospitalar de Coimbra (776) e o Centro Hospitalar Póvoa do Varzim/Vila do Conde (771).
Estes números surgem numa altura em que o Governo ainda nem sequer começou a usar os 1,5 mil milhões de euros vindos do Fundo de Pensões da Banca para pagar dívidas do SNS, cujo montante global a todos os fornecedores atinge cerca de três mil milhões de euros. Apesar de a troika já ter dado luz verde ao Governo para começar a amortizar valores em dívida, o Ministério da Saúde revelou que só vai começar a pagar a partir de Abril.
Fonte: Público, 05 de Março de 2012