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Desclassificação do Centro Hospitalar Gaia/Espinho preocupa administração

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho diz ter convicção de que esta unidade “não perderá nenhuma das suas valências”, mas admite estar “preocupado” com o teor da portaria publicada quinta-feira que desclassifica este hospital.

“O Conselho de Administração do CHVNG/E (…) está a avaliar o impacto da Portaria n.º 82/2014, tendo a convicção de que este centro hospitalar não perderá nenhuma das suas valências diferenciadoras. Este Conselho de Administração vê com muita preocupação o conteúdo do diploma publicado”, refere um comunicado citado pela agência Lusa.

O Ministério da Saúde publicou quinta-feira, em “Diário da República”, a portaria n.º 82/2014 que classifica o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) como uma unidade de tipologia II, quando antes desta publicação este estabelecimento estava classificado como III.

Em causa poderão estar os serviços de Cirurgia Cardiotorácica e Cirurgia Pediátrica.

A Câmara Municipal de Gaia também já se pronunciou sobre o conteúdo desta portaria, considerando a decisão “grave” e prometendo “desenvolver intensa actividade institucional” no sentido de defender os interesses do CHVNG/E.

“Na portaria 82/2014, o CHVNG/E é desclassificado e surge como pertencendo ao Grupo II, uma situação que lhe confere, desde já, limitações imediatas na prestação de cuidados de saúde, nomeadamente no que concerne aos serviços de cirurgia cardiotorácica e cirurgia pediátrica”, lamenta a autarquia de Gaia que remete para a próxima semana uma posição pública mais elaborada sobre este assunto.

A 4 de abril, o presidente do conselho de administração desta unidade hospitalar, Silvério Cordeiro, defendeu, numa visita às instalações de Espinho do CHVNG/E, que os apoios do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para as obras no hospital de Gaia têm que ser decididos “agora ou nunca”, ameaçando demitir-se caso o projeto não avançasse.

“É agora ou nunca, porque se o QREN demora uma semana que seja a lançar o aviso de candidatura, perdemos esta obra. Dizem-me que, se não for agora, não há problema porque o próximo quadro comunitário é para breve, mas custa-me acreditar nisso. Pessoalmente, se não fizermos esta obra, não quero continuar como presidente do hospital”, disse Silvério Cordeiro.

Para esta sexta-feira estava agendada uma reunião entre Eduardo Vítor Rodrigues e o conselho de administração do CHVNG/E mas a visita foi cancelada, de acordo com informação da assessoria de imprensa da Câmara de Gaia.

Fonte: Jornal de Notícias, 11 de Abril de 2014

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