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Criado incentivo até 741 euros para médicos que atendam mais pacientes

O governo vai passar a recompensar pecuniariamente os médicos de família que aumentem as respectivas listas de utentes, em regiões geográficas especialmente carenciadas.

“Prevemos, com esta medida, que mais 200 mil cidadãos podem beneficiar de médico de família”, afirmou o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, após reunião do executivo da maioria PSD/CDS-PP, em Lisboa.

O responsável congratulou-se com o facto de apenas “11,7% da população” não ter médico de família atribuído, mas vincou que, apesar de se tratar do “número mais baixo de sempre”, a sua distribuição pelo território não se verifica de “forma uniforme”.

Algarve, Alentejo litoral, Grande Lisboa (Loures, Amadora, Sintra e Cascais) e Pinhal Litoral vão ser as regiões a merecer atenção, numa processo que Marques Guedes esclareceu ser de “adesão voluntária” por parte dos médicos, vigorando nos próximos dois anos.

O valor do incentivo “oscila entre 648 euros e 741 euros, escalões a ser definidos pelo número de utentes acrescentados a cada médico de família” e ao facto de certos profissionais terem contratos de 35 horas e outros de 40 semanais de trabalho.

O ministro previu ainda que o rácio de pessoas por médico pode assim crescer dos actuais 1.900 utentes por especialista para até 2.266 pessoas por médico.

Há mais de um ano, o ministro Paulo Macedo anunciou a intenção de alargar as listas de médicos para mitigar a falta de médicos de família. O levantamento mais recente, feito em Maio, indica que há mais de 1,2 milhões de utentes sem médico de família.

Fonte: Rádio Renascença, 27 de agosto de 2015

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