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Clínicos duvidam que falta de médicos de família esteja resolvida até 2014

Associação do sector afirma que o problema vai mesmo agravar-se no próximo ano, com a alteração das regras para as reformas dos funcionários públicos.

Os médicos duvidam que o Governo consiga cumprir a promessa de resolver a falta de clínicos nos centros de saúde. A associação que representa os médicos de família diz que as medidas já anunciadas pelo Ministério da Saúde não são suficientes.

O vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, considera que a situação é muito grave em algumas regiões do país, como Lisboa e Vale do Tejo.

“Não vai dar para resolver a falta de médicos em algumas zonas do país até 2014. Em Lisboa e Vale do Tejo, o problema é muito difícil e muito grave. É a acumulação de muitos anos de má gestão e não vai ser difícil em tão curto espaço de tempo resolver o problema.”

Segundo Rui Nogueira, a situação vai mesmo agravar-se no próximo ano, com a alteração das regras para as reformas dos funcionários públicos.

“Com a alteração das regras de aposentação, os médicos de família vão antecipar as suas aposentações e isso vai criar um grande problema, porque dois terços dos médicos têm à volta de 65 anos ou mais. Por isso, com a antecipação das aposentações, vai haver um êxodo previsível no próximo ano.”

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar contesta as expectativas do Governo, que espera resolver o problema até 2014 através do aumento das listas de utentes e do aumento do horário dos médicos.

Fonte: Rádio Renascença, 2 de Novembro de 2012

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