A paralisação foi convocada pela Federação Nacional dos Médicos para o início de Julho. Não conta, para já, com a adesão do Sindicato Independente (SIM).
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera haver questões concretas que ainda não tiveram resposta por parte do ministro da Saúde, pelo que decidiu avançar para a greve nos dias 8 e 9 de Julho. As razões foram avançadas este sábado à Renascença pela direcção do sindicato.
“Fizemos uma exigência da revogação da portaria 82/2014, que se refere à classificação dos hospitais e que, no fundo, destrói muito do Serviço Nacional de Saúde e nós somos contra isso. O ministro diz que isto não é para ser aplicado, mas então, nesse caso, exigimos a sua revogação”, começa por explicar Pilar Vicente.
“Também é importante para nós o que foi rotulado como a ‘lei da rolha’, que, no fundo, bloqueava toda a possibilidade de denúncia de situações que poderiam afectar o Serviço Nacional de Saúde. Embora o ministro tivesse dito que haveria de ser revisto, nós achamos que devemos concretizar essa situação”, acrescenta.
Na sexta-feira, depois do encontro que juntou o ministro Paulo Macedo, a FNAM, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Ordem dos Médicos, a federação anunciou a sua iniciativa de partir para a greve. Mas segue sozinha, dado que o SIM prefere manter a via negocial.
“O SIM concordou com todas as reivindicações, há um caderno reivindicativo comum aos sindicatos e à Ordem dos Médicos, mas há divergências na implementação da forma de se conseguir as coisas. É legítimo. Cada sindicato tem as suas opções”, reage a direcção da FNAM, na voz de Pilar Vicente.
Ainda este sábado, a Federação Nacional dos Médicos vai emitir um comunicado sobre as razões da paralisação.
Fonte: Rádio Renascença, 7 de Junho de 2014