O bastonário da Ordem dos Médicos critica a decisão do Governo e lamenta que o Executivo avance com novas medidas numa altura em que ainda estão a decorrer negociações com os sindicatos.
José Manuel Silva afirma que o Executivo está a partir de um princípio errado, o de que há médicos a mais em algumas zonas do país. O bastonário sublinha também que se isso acontece a responsabilidade não é dos médicos.
«Essa referência que se faz à mobilidade médica parte do princípio que os médicos onde estão a trabalhar não são necessários e portanto que os Conselhos de Administração, nomeados por sucessivos Governos, estiveram a contratar médicos para onde eles não eram necessários e portanto podem ser deslocalizados sem prejuízo para os doentes que estavam a tratar», explica.
O bastonário afirma que não se podem aceitar medidas como «pegar num médico de 50 anos, com todas as responsabilidades assumidas, e deslocalizar para outra região do país, como se fosse um peão de xadrez, sem sequer com a possibilidade de ser ouvido».
É uma reação à notícia de que os médicos e outros trabalhadores da área da saúde vão ser abrangidos pelo alargamento da mobilidade especial e geográfica, uma decisão que abrange também os professores.
Fonte: TSF, 18 de Setembro de 2012
Para que isto possa ser feito tem de haver um levantamento sério e transparente das necessidades efetivas de cobertura médica no país.Isto está feito? Há muitos médicos nalgumas zonas e insuficientes noutras? qual a causa dessa assimetria. Como é possivel corrigi-la? Isto não vai dar em nada, não é preciso a classe ficar preocupada